[MexMovie-Book] Como Água Para Chocolate

Escrito por: Laura Esquivel
Direção: Alfonso Arau
Elenco:
Marco Leonardi como Pedro
Lumi Cavazos como Tita
Regina Torné como Mamá Elena
Mario I.Martínez como Doctor John Brown
Ada Carrasco como Nacha
Yareli Arizmendi como Rosaura
Claudette Maillé como Gertrudis
Pilar Aranda como Chencha
Farnesio de Bernal como Cura
Joaquín Garrido como Sargento Treviño
Rodolfo Arias como Juan Alejándrez
Margarita Isabel como Paquita Lobo
Sandra Arau como Esperanza
Andrés García Jr como AlexRegino

"Mi abuela tenía una teoría muy interesante, decía que si bien todos nacemos con una caja de cerillas en nuestro interior, no las podemos encender solos, necesitamos oxígeno y la ayuda de una vela. Sólo que en este caso el oxígeno tiene que provenir, por ejemplo, del aliento de la persona amada; la vela puede ser cualquier tipo de alimento, música, caricia, palabra o sonido que haga disparar el detonador y así encender una de las cerillas. Por un momento, nos sentiremos deslumbrados por una intensa emoción."

Como Água Para Chocolate foi lançado em 1992 como filme, mas sua história é baseada no livro homônimo de 1989 da autora Laura Esquivel. Culinária e amor em um casamento perfeito é como podemos definir um pouco esse romance tão envolvente. Situado durante a Revolução Mexicana, a narrativa da vida a personagens como a doce Tita. Terceira filha de Mamá Elena, Tita nasceu na cozinha de sua casa entre os condimento da cozinheira Nacha. Com um debilitado estado de saúde por não mamar adequadamente foi deixada aos cuidados da própria Nacha e suas receitas mágicas, e foi assim que Tita passou sua infância e adolescência sempre envolvida com preparo e a mágica dos pratos.

Mas a vida de Tita já tinha um destino traçado por sua mãe, por ser ela terceira e mais nova filha caiu sobre ela a obrigação de nunca se casar e cuidar pelo resto da vida da Mamá Elena. E esse fardo nunca pareceu tão pesado até momento que em sua vida surgiu Pedro, apaixonados eles pretendiam se casar. E foi nessa intenção que certo dia Pedro junto com seu pai, foram ao rancho da família de Tita. Cheia de esperança Titã esperava que sua mãe desistisse da tradição e deixasse o casamento, mas Mamá Elena foi totalmente contra o casamento e para piorar a situação ofereceu a mão da sua filha mais velha Rosaura.

Sem outra opção Pedro aceita Rosaura só para poder se mudar para o rancho e ficar perto de sua amada. Tita desesperada por não poder ficar com ele encontra uma forma inusitada de demonstrar seu amor por Pedro através de seus pratos, todas receitas afrodisíacas preparadas com tanto amor que todas as pessoas que comiam podiam senti-lo. Muitas vezes o sentimento de desejo de Tita é tão grande que ao passar para a comida provoca as reações mais inesperadas como acontece com a irmã do meio de Tita, Gertrudis. Gertrudis é a responsável por uma das cenas mais indescritível e divertida que já vi em um filme.

E é com suas maravilhosas receitas que Tita começa a extravasar seus veadeiros sentimentos, não só amor, mas também tristeza e solidão. Sendo que essa solidão vinha da alma de Tita, uma solidão tão profunda que provoca um frio incontrolável em seu corpo tanto que ela começa a fazer uma enorme manta para tentar aquece-la.

A vida de Tita ainda terá muitas surpresas e desafios, sempre rodeada pelas suas receitas e da sua querida Nacha ela vai caminhando ao longo da história trazendo sempre muita emoção e sensibilidade. O final é um dos mais interessante que já vi e apesar de ficar um sentimento talvez de inconformismo não deixa de ser extraordinário. Lembro que assisti ao filme e jamais esqueci de nenhum detalhe dele, e claro mais tarde quando pude ler o romance voltei a me apaixonar.

A direção e adaptação feita por Alfonso Arau é perfeita, mas talvez o credito maior seja mesmo para sua esposa Laura Esquivel, tanto por criar um belo romance quanto por adaptar o roteiro e sua participação na produção.

“Cada persona tiene que descubrir cuáles son sus detonadores para poder vivir. Si uno no descubre a tiempo cuáles son sus detonadores, la caja de cerillos se humedece y ya nunca podremos encender un solo fósforo."

"Claro que también hay que poner mucho cuidado en ir encendiendo los cerillos uno por uno. Porque si por una emoción muy fuerte se llegan a encender todos de un solo golpe ante nuestros ojos aparece un túnel esplendoroso que nos muestra el camino que olvidamos al momento de nacer y que nos llama a reencontrarnos con nuestro origen divino."

1 comment:

Anonymous said...

Sild, esse filme é mesmo muito bonito e poético. parabéns pela fiel descrição. um beijo, Rachel